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Foto do escritorEnio Alexandre

Adeus a Toninho Neves: o seu legado generoso

Tome Nota com Enio Alexandre



A notícia de que Antônio Viana Neves, ou, como era conhecido, Toninho Neves, morreu aos 76 anos de idade neste domingo (10), após um infarto fulminante, não é fácil de aceitar. Para quem o conheceu, ou para aqueles que apenas ouviam sua voz no rádio, liam suas colunas perspicazes ou acompanhavam seus comentários sempre inteligentes, Toninho não era apenas um jornalista. Era uma referência e uma voz que ecoava com autenticidade e generosidade em Joinville.


Lembro do último bate-papo que tivemos, dias atrás, sobre futebol, um tema que sempre despertava no Toninho uma paixão especial. Ele, que era direto e certeiro nas palavras, não hesitou em me elogiar por uma crônica que gravei para a internet. Receber um elogio de Toninho, um mestre que começou sua trajetória no distante 1968 no Jornal de Joinville, é algo que enche de orgulho e, ao mesmo tempo, faz lembrar de sua grandeza. Ele sabia reconhecer o esforço dos colegas, era generoso com quem compartilhou dessa vida intensa de reportagens, entrevistas, pautas e opiniões.


A coluna Alça de Mira, que por anos assinou no jornal A Notícia, é apenas um dos marcos de sua trajetória. Ele apontava problemas, refletia sobre as conquistas e dificuldades da cidade e do estado, sempre comprometido com a verdade e com a clareza das suas opiniões. Sua escrita era direta, mas cheia de nuances que só um jornalista experiente, conhecedor dos bastidores, podia oferecer.


Além dos textos marcantes, ele teve papel importante na Câmara de Vereadores como diretor de comunicação, onde trabalhou. Mas foi na Rádio Colon, com seu programa diário que levava seu nome, que Toninho conseguiu fazer parte da rotina de muitos joinvilenses. Sua voz ressoava familiar e, ao mesmo tempo, sempre trazia algo novo, provocador ou informativo.


É triste pensar que Toninho Neves não estará mais entre nós para elogiar, criticar ou simplesmente conversar. Deixa saudade e, sobretudo, um legado de dedicação ao jornalismo e de respeito à audiência que sempre o acompanhou. Vai fazer falta, Toninho. Que sua família e seus amigos encontrem conforto nas boas lembranças e nos ensinamentos que você deixou para todos nós, colegas de profissão e ouvintes.







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