Tome Nota com Enio Alexandre
A distância da praia não impede que Caxias do Sul (RS) realize sua festa de réveillon
Joinville, a cidade mais populosa de Santa Catarina e uma das mais ricas do sul do Brasil, está prestes a receber o Ano Novo. No entanto, ao contrário do potencial que a cidade possui, a chegada do novo ano parece não merecer nenhuma iniciativa do poder público. Enquanto algumas ações interessantes surgem da iniciativa privada, como a bonita queima de fogos no bairro Espinheiros, há desafios que impedem a plena apreciação do evento.
A queima de fogos no Espinheiros, embora promissora, é difícil de ser apreciada para aqueles que não residem no bairro. O congestionamento e o fluxo intenso de pessoas transformam o acesso ao local em uma verdadeira odisséia, excluindo a maior parte da população do espetáculo. Joinville tem vários lugares para realizar um grande evento musical na virada do ano.
Um local perfeito para tal celebração seria às margens do Rio Cachoeira, fechando a Beira Rio em frente ao Centreventos Cau Hansen, por exemplo. Isso permitiria que a iniciativa privada montasse um palco com shows ao vivo, proporcionando uma experiência única aos joinvilenses. A queima de fogos poderia ocorrer de maneira segura sobre as águas do rio, criando um espetáculo visual magnífico e acessível a todos.
Entretanto, a verdade é que há pouca gente com poder de decisão preocupada com a parcela da população que não dispõe de recursos ou disposição para enfrentar a estrada em direção às praias lotadas nesse período. Enquanto alguns líderes preferem desfrutar a virada do ano em outros lugares, os cidadãos de Joinville são praticamente abandonados nesta época do ano.
A celebração do Ano-Novo é um marcador cultural, um elo com ciclos naturais, uma expressão do espírito de união e uma fonte de otimismo. Joinville, com sua riqueza cultural e econômica, poderia sem dificuldade realizar uma festa capaz de unir sua população em um evento grandioso. A falta de praia não é justificativa para a ausência de uma festa na passagem de ano. Ma, mesmo para que acredita que praia seja indispensável para este tipo de evento, temos a Vigorelli.
O Ano Novo é celebrado em todos os lugares, e acredito que muitos dos que se aglomeram nas praias durante o Réveillon estariam dispostos a permanecer em Joinville se houvesse uma festa local. Não seria necessário onerar os cofres públicos; bastaria boa vontade e criatividade para proporcionar a 30 ou 40 mil pessoas uma experiência memorável à beira do Rio Cachoeira, com música ao vivo e queima de fogos. Me estranha que a atual gestão do prefeito Adriano Silva, tão faminta por festas, não tenha dado nenhum passo neste sentido.
Joinville merece um Ano-Novo à altura de sua grandeza. Em tempo: Feliz 2024 a todos!
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