Por Padre Edivaldo Ferreira
“Se um cristão diz que é socialista/comunista, ou ele não conhece o comunismo ou não conhece o cristianismo.” (Luís Lacombe)
Primeiramente, o que é o marxismo? Segundo o professor Carlos Eduardo Brechani, autor do livro “Marxismo: na contramão do bom senso”, o marxismo é um conjunto de concepções teorizadas por Karl Marx e Friedrich Engels, que levariam o mundo a um estado perfeito e igualitário, o mundo comunista, e tem 4 pilares. São esses: materialismo filosófico, dialética hegeliana, socialismo utópico francês e direito econômico inglês.
Primeiro ponto: Materialismo filosófico. Um dos pilares do marxismo já torna impossível a existência de cristãos comunistas. O materialismo filosófico, de forma superficial e prática, é a negação de qualquer aspecto sobrenatural, tudo que existe é focado no mundo material e conclui que nunca existiu acontecimento divino. O que vai totalmente contra as crenças cristãs.
Segundo ponto: Aniquilamento dos, chamados por Marx, preceitos burgueses que regem a sociedade. Este aniquilamento, inclui a destruição da família, pois, para Marx, a família era apenas um conceito burguês que sustentava interesses burgueses. Nós cristãos que consideremos a família como a instituição mais zelada por Deus, é impossível desejar agradar a Deus e ao mesmo tempo contribuir para o aniquilamento da família.
Terceiro ponto: amoralidade. Para Marx, não havia preceitos morais. Era moral o que contribuía para a revolução. Se executar uma família levasse a revolução a chegar mais perto do mundo comunista, isso passava a ser moral. Porém na bíblia temos o norte moral, temos as ordenanças do Senhor e uma moral bem definida.
Quarto ponto: hedonismo. Segundo o professor Wellington Costa, autor do curso: Apologética Cristã e a Defesa contra o Marxismo, a filosofia de Marx é hedonista. A bíblia vai totalmente contra os conceitos hedonistas, que é a busca exagerada atrás de prazeres da carne. Como é possível notar na passagem de 2 Timóteo 2:22, que diz: “Foge, outrossim, das paixões da mocidade. Segue a justiça, a fé, o amor e a paz com os que, de coração puro, invocam o Senhor.”
Quinto ponto: relativismo. Presente na filosofia de Marx, o relativismo é a crença de que não existe uma verdade absoluta, mas que tudo é relativo. O relativismo derivada da base dialética de sua ideologia. A palavra de Deus nos alerta sobre existir a verdade, e ser uma só verdade.
Contudo, estes são alguns pontos, inclusos na própria teoria marxista, que impossibilitam a existência de cristão comunistas/socialista/marxista. A realidade é que o comunismo sempre viu na religião cristã um sistema de crença extremamente opositora às suas convicções e esperanças. A religião é o sistema que mantém e ilude os proletários, fazendo com que eles não conheçam suas situações de oprimidos. Assim sendo, afirma Marx, a religião é um mal em si que deve ser extirpado para que o comunismo reine. Esta ideia foi largamente difundida, não é à toa que o comunismo perseguiu e matou milhares de cristãos em todo o mundo. Assassinatos, perseguições ao clero católico e protestante, além de expulsões infundadas de suas terras natais. Tais atitudes tornaram-se recorrentes nos sistemas comunistas em relação a religião cristã. Basta uma breve pesquisa para nos depararmos com casos extremos e desumanos, onde o comunismo rechaçou abominavelmente o cristianismo. No fim, o cristianismo para os marxistas é um mal que deve ser combatido e não agregado; isto é: sendo fiel ao que Karl Marx disse em seus livros.
No fim, ou se é bom cristão assumindo toda as condições deixadas por um sistema de fé transcendente, ou se é marxista, ateu e materialista. Desculpe, os dois, não tem jeito!
(Ref.: Bíblia Sagrada; Marxismo: na contramão do bom senso; Blog professor Wellington Costa; Burke Instituto Conservador; Carta Encíclica Divinis Redemptoris Papa Pio Xl).
As opiniões contidas na crônica acima não refletem necessariamente as posições do Portal Via Direta.
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