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Integrantes do governo federal e parlamentares tentam legalizar cassinos, jogo do bicho e bingos, além de definir regras mais claras para jogos eletrônicos, poker, sinuca e outros. Faz 80 anos que os jogos de azar são proibidos no Brasil, sua exploração é considerada contravenção penal desde 1941, por força de um decreto-lei assinado pelo então presidente Getúlio Vargas.
Numa entrevista à revista "Veja" em setembro, o presidente Jair Bolsonaro disse que não apoia a legalização de jogos de azar. "Acho que vai ter mais a perder do que a ganhar no momento. Se porventura aprovar, tem o meu veto, que é natural, e depois o Congresso pode derrubar o veto", afirmou. A declaração é vista como um aceno à base evangélica do presidente, que de modo geral se opõe aos jogos de azar. Isso porque os ministérios da Economia e do Turismo têm proposto discussões e estudos sobre a legalização, que avança aos poucos no Congresso. Críticos da legalização dizem que ela estimularia a criminalidade e que teria um alto custo social, não compensado os benefícios à economia.
Cassinos puderam operar legalmente até 1946, quando Eurico Gaspar Dutra os proibiu, com justificativas como "a tradição moral jurídica e religiosa do povo brasileiro". Alguns membros do governo trabalham para legalizar cassinos em hotéis com grande estrutura de entretenimento como casa de espetáculos e centro de convenções, os chamados resorts integrados. Mas há resistência da base evangélica.
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