top of page

Vitórias que lavam a alma

Tome Nota com Enio Alexandre

O Botafogo superou o campeão da Champions League


Durante muito tempo, o futebol brasileiro olhou para a Europa com um misto de admiração, inveja e frustração. Víamos nossos craques cruzarem o oceano em busca de fama e fortuna, enquanto os clubes daqui se acostumavam a perder. O discurso era sempre o mesmo: “Não dá para competir com o poder financeiro dos europeus”. O “não dá” virou uma camisa apertada, sufocante. Mas parece que essa camisa começou a rasgar.


Em uma fase de grupos que já prometia emoção, o Flamengo cravou seu nome com autoridade: 3 a 1 no Chelsea. Sem medo, sem reverência exagerada. Apenas futebol — bom futebol.

Logo depois, o Botafogo, que muitos consideravam apenas uma boa promessa, calou os céticos. Venceu o PSG, atual campeão da Liga dos Campeões, um clube-estado, um colosso bancado por petrodólares. Não foi sorte, foi estratégia e coragem.



O Fluminense despachou a Internazionale de Milão do Mundial de Clubes


E quando o Fluminense entrou em campo contra a poderosa Internazionale, vice-campeã europeia, muitos temeram o pior. Mas o futebol brasileiro tem memória — e coração. A vitória por 2 a 0 foi mais que um resultado: foi um manifesto. Um grito abafado por anos que finalmente encontrou eco: é possível vencer.


Essas vitórias vão além do placar. São simbólicas. Não é só sobre dinheiro, é sobre identidade. É sobre confiar que dá para jogar de igual para igual. É sobre retomar a ousadia que sempre foi nossa marca, mas que andava acanhada.


O Flamengo venceu o Chelsea por 3 a 1 na fase de grupos


O futebol brasileiro, tantas vezes desrespeitado, está lavando a alma. Está limpando as feridas com suor e gols. E o mais bonito: está recuperando algo que vale mais do que títulos ou premiações em euros — a confiança.



Comments


bottom of page