Árvores atrapalham o trânsito?
Sou testemunha do empenho do prefeito Adriano Silva e da vice-prefeita Rejane Gambin para deixar Joinville mais verde, mais florida e mais bonita. Não tem sido e não será uma tarefa fácil, até porque não há, especialmente dentro da própria prefeitura, o mesmo entendimento e a mesma vontade.
Não é de hoje que há arboricidas confortavelmente instalados nas secretarias que teriam por obrigação aumentar o verde nos espaços públicos, plantar mais árvores seria um bom início, deixar de cortar as que ainda sobrevivem nas ruas e praças seria uma boa sequência.
O cidadão comum, que teima em utilizar o canal de comunicação da ouvidoria, tem poucas chances de ver seus pleitos atendidos, primeiro porque a ouvidoria não é propriamente uma ouvidoria e sim um “reclame aqui”. O serviço está mais orientado a proteger e justificar a inoperância da própria prefeitura que de fato “ouvir” as queixas e resolvê-las. Uma pena, porque o resultado é que cada vez menos o cidadão utiliza a ouvidoria e busca outros caminhos e alternativas para expressar sua frustração e descontentamento. A melhor evidência que a ouvidoria não está para resolver, e isso não é de hoje, é o fato que esteja sediada na Secom, a secretaria que tem como missão divulgar, promover e publicitar as ações do governo municipal, mas não tem a força para resolver os problemas denunciados pelos cidadãos.
Como amostra de como o prefeito e a vice-prefeita têm um trabalho árduo pela frente está troca de mensagens entre a ouvidoria é um cidadão.
A solicitação feita o cidadão propõe o plantio de árvores na rotatória em que estão instaladas bombas da Companhia Águas de Joinville. Justifica a sua proposta pelo aumento do verde, para deixar a cidade mais bonita e esconder ou dissimular o monstrengo que a Companhia Águas de Joinville instalou lá.
A resposta do técnico florestal, convertido em especialista em trânsito, não permite o plantio por conta das árvores interferirem no trânsito.
Infelizmente nada mudou na arborização. Os arboricidas vicejam, gente que não gosta de árvores, que não tolera o verde, que prefere o cinza, a feiura contra os que tanto lutam - o prefeito e sua vice. É um caso em que o técnico florestal não autorizou o plantio de árvores porque no seu entendimento prejudica a visibilidade. Se ele ao menos tivesse ido ao local entenderia que não tem problema algum de visibilidade naquela região. Que árvores com tronco livre de 3 metros de altura não atrapalham a visibilidade e deixam a cidade mais verde.
O resumo é que quem precisa tratar de arborização quer tratar de trânsito e quem precisa tratar de trânsito está fazendo política.
Para aqueles que ainda não entenderam a importância de cidades bem arborizadas e a contribuição da arborização urbana para a melhoria da qualidade de vida, esta imagem deve ajudar. Ainda que para os técnicos florestais que cuidam do trânsito essa informação seja inútil.
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