Um mistério de 45 anos
- Redação
- 24 de fev.
- 2 min de leitura
O desaparecimento misterioso do Boeing 707 da Varig: Um enigma sem solução

O mistério do avião desaparecido da Varig
Um dos maiores mistérios da aviação mundial completa mais de 45 anos sem respostas. Trata-se do desaparecimento do Boeing 707 cargueiro da companhia aérea brasileira Varig, que fazia o voo RG 967. A aeronave sumiu no dia 30 de janeiro de 1979, e até hoje, nenhum vestígio foi encontrado.
O jato decolou do aeroporto de Narita, em Tóquio, com destino ao Rio de Janeiro, com uma parada prevista em Los Angeles para reabastecimento. Cerca de 30 minutos após a decolagem, o Boeing simplesmente desapareceu dos radares, e os controladores não conseguiram mais contato com os pilotos.
O caso apresenta semelhanças impressionantes com o desaparecimento do Boeing 777 da Malaysia Airlines, ocorrido em março de 2014. Em ambos os episódios, não houve qualquer relato de problemas técnicos, os aviões sumiram misteriosamente e jamais foram encontrados.
No caso do avião da Varig, o desaparecimento ocorreu a cerca de 500 quilômetros da costa do Japão, sobre o Oceano Pacífico. O comandante Gilberto Araújo da Silva fez um primeiro contato com o controle de tráfego aéreo para informar a posição da aeronave, mas o segundo contato, que deveria acontecer uma hora após a decolagem, nunca ocorreu. Isso levou as autoridades japonesas a emitirem um alerta de possível acidente. Contudo, como já era noite no Japão, as buscas só começaram efetivamente na manhã seguinte.
As operações de resgate foram intensas nos primeiros dias, mas nenhum destroço, sinal ou pista do Boeing 707 ou dos seis tripulantes foi encontrado. Esse desaparecimento sem explicações permanece um dos episódios mais intrigantes da história da aviação global.
Curiosamente, o comandante Gilberto Araújo da Silva já havia sobrevivido a um grave acidente em 1973, também com um Boeing 707, durante o voo RG 820 da Varig. Na ocasião, um incêndio na cabine causado por uma bituca de cigarro levou a uma aterrissagem forçada em Paris, resultando na morte de 123 pessoas. A fumaça densa prejudicou a visibilidade, mas a habilidade da tripulação evitou uma tragédia ainda maior.
O desaparecimento do voo RG 967 continua sem solução, alimentando teorias e questionamentos sobre o que realmente aconteceu naquela noite sobre o Pacífico. Passadas mais de quatro décadas, o mistério permanece, reforçando a complexidade e os enigmas ainda presentes na aviação mundial.

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