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Foto do escritorLuiz Carlos Prates

Saber viver

Luiz Carlos Prates



A maioria das pessoas que andam por aí sobrevive, não vive. E esse sobreviver resulta de dispor de cama, comida e um salário, salário que pode ser grande ou pequeno. Pessoas que sobrevivem são as que andam por aí, as que andam em torno de nós, por exemplo. Quantos casais fingem viver quando na verdade apenas sobrevivem, mesmo, não raro, com bom dinheiro no banco? E eles sabem que não vivem... Saber viver exige uma cabeça bem centrada, menos ganâncias e apegos. A pessoa pode ser podre de rica, mas vive numa miséria existencial de dar pena. - Sim, tudo bem, “seo” Prates, mas o que é viver bem a seu modo de pensar? Bom, antes de tudo estou tentando, de há muito, colocar na minha cabeça o trilho do viver bem, esse trilho nos leva à felicidade. O diacho é que não nos basta saber “intelectualmente” o que é viver bem. O viver bem é prática, é viver sem precisar andar de luz acesa a procurar pela felicidade. Quem não sabe, por exemplo, que viver bem depende antes de tudo do modo de pensar? O sujeito pode estar nadando em dinheiro e viver uma vida miserável, aliás, o modo como a maioria dos ricos vive. Os americanos dizem isso em pesquisas desde que nasci, nada novo. O temperamento da pessoa, seu jeito de ser, agir e reagir e um indispensável propósito fazem parte do bolo da vida. O negócio é dosar esses ingredientes de tal forma que o bolo resulte saboroso. Viver de modo simples é o caminho mais curto para o bem-estar. Sim, mas o que é viver de modo simples? Já disse aqui várias vezes que o melhor churrasco que podemos comer é o churrasco na laje... O churrasco, a cerveja, a conversa, as roupas usadas, a música ali no canto, tudo simples, mas de um sabor que só a simplicidade nos faz degustar. Quantas vezes já saímos para comer fora e voltamos com azia? A azia não da comida, mas da própria saída, do ambiente no restaurante, das pessoas por perto, do enfado, enfim. Minhas viagens mais curtidas e inesquecíveis foram de ônibus, longas, mas nada cansativas, por quê? Porque foram viagens a trabalho e com vários colegas por perto. O simples costuma ser bem lembrado, o top de linha, não raro, uma azia inesquecível. Vem cá, simplicidade, volta aqui, guria!


Compostura

Observe durante os jogos pela televisão... Jogadorzinho, cabeça-de-bagre mesmo, lacaios de chuteiras costumam tirar a camisa depois de fazer um gol. É falta de respeito ao time, aos patrocinadores e à mãe Joana. O cara é um abestalhado, observe. É aquela velha história, nós nos revelamos por todos os poros, por palavras, gestos, condutas, enfim, de todo tipo. Os torcedores deviam reagir a essas boçalidades. Quem devia reagir, quem, quem? Ora, “espelhos” não corrigem condutas...


Animais

As pessoas sensatas sabem... Os animais pressentem perigos, preveem com segurança a própria morte, sentem saudades, pressentem perigos, leem pensamentos humanos e podem viajar quilômetros para voltar para casa quando abandonados. Verdade mais que comprovada, mesmo assim humanos estúpidos os maltratam, abandonam, matam em caçadas, fazem “diversões” como a cara deles, os humanos “racionais”. Racionais? Os bichos, com certeza.




Falta Dizer

Os noticiários no comum das vezes nos extenuam, aborrecem, deprimem mesmo. Todavia, há, sim, bons momentos. Acabei de ver a foto. Foto de um caçador americano morto por um leão numa caçada “legal” na África. Um estúpido sair de casa para matar bichos indefesos? Que os parentes não chorem. Semear é colher...

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