imagens Rádio Aliança
Em Presidente Castello Branco, no Meio-Oeste Catarinense, domingo (5) foi dia de votar. Isso porque ocorreram eleições suplementares para eleger prefeito e vice, já que os gestores eleitos em 2020, Tarcílio Secco (PL) e Ademir Pedro Tonielo (PT), foram afastados por decisão da Justiça.
Após um início tranquilo, houve confusão. Uma briga envolvendo cerca de 20 simpatizantes das duas coligações foi flagrada por um radialista, que passou a gravar a distúrbio. Irritados com a ação do jornalista Sérgio Luiz, da Rádio Aliança, o grupo tomou o seu celular para evitar que as imagens da briga fossem divulgadas.
O episódio ocorreu próximo à Escola Básica de Educação Dois Irmãos, o maior local de votação do município. Sérgio Luiz relata que estava em frente à escola, perto do horário de fechamento das urnas, quando percebeu o tumulto nas proximidades de um bar. "Desconfiei que era uma confusão e, movido pela sensibilidade de jornalista, liguei a minha câmera e comecei a filmar e era, de fato uma briga, envolvendo algumas pessoas", relata.
Segundo o radialista, além de ser empurrado pelas costas e cercado pelo grupo, foi pressionado para deletar as imagens registradas.
"Uma pessoa chegou a capturar o meu celular e depois de alguns instantes o grupo retornou até mim exigindo que eu apagasse as imagens que eu havia feito. O celular bloqueou e somente através de senha eles poderiam acessar o conteúdo. Como eles não tinham, retornaram até a mim para desbloquear e apagar", relata.
Acaert
A Associação Catarinense de Emissoras de Rádio e Televisão divulgou uma nota repudiando a ação e afirmando ser inaceitável que um profissional no exercício da sua profissão seja vítima de atos de violência e ameaça.
A entidade pediu ainda que as autoridades locais identifiquem e punam os responsáveis pelo ato.
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