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Europa autoriza consumo humano de farinha de grilo
Um novo ramo do setor agropecuário está em desenvolvimento no Brasil. Na cidade de Piracicaba/SP, que é considerada o vale do agronegócio brasileiro por concentrar cerca de 40% das startups do setor, está sendo montada uma biofábrica para a criação de grilos. O projeto de um sistema semiautomatizado para a produção em larga escala de Gryllus assimilis foi criado pela startup Hakkuna.
O objetivo da empresa é obter matéria-prima em escala industrial para a produção de barras proteicas à base de farinha de grilo, produzidas de forma artesanal.
Existem alimentos que, na nossa cultura, podem soar pouco convencionais e até mesmo controversos para a substituição (ou complementação) de nutrientes. As PANCs, ou plantas comestíveis, já têm seu mercado próprio de consumo. A carne vegetal também está se popularizando. Em comum, elas apresentam benefícios nutricionais ou reduzem o impacto ambiental dos alimentos. Agora, pode ser a vez do mercado de insetos como alimentação saudável.
Hoje, esse mercado é mais comum no oriente do que no ocidente. Dados da Organização Mundial da Saúde para a Agricultura e Alimentação (FAO) mostram que os insetos já são alimento para mais de 2 bilhões de pessoas, sendo o besouro o mais consumido (31%), seguido pelas minhocas (18%), abelhas, vespas e formigas (14%) e gafanhotos e grilos (13%).
Ainda que não pareça, essa alimentação “alternativa” já é uma realidade por aqui. No Norte e Nordeste do País, a formiga Tanajura já é servida em formato de farofa (e até mesmo frita).
Em Minas Gerais , há também pesquisadores e empreendedores que apostam na nova onda dos insetos, preparando farinha de grilo e baratas. Num primeiro momento o produto seria utilizado como alimento para animais. Mas o objetivo é utilizar a farinha de insetos como alimentação humana.
Liberado na Europa
A União Europeia autorizou a venda de farinha de grilo Acheta domesticus para consumo humano. Membros do Irmãos da Itália, partido conservador da primeira-ministra italiana Giorgia Meloni, criticaram a medida, afirmando que se trata de uma estratégia para destruir “nossas tradições alimentares”.
De acordo com a decisão da UE, publicada no jornal oficial do bloco na quarta-feira(4), a autorização da comercialização da farinha de grilo parcialmente desengordurada vale a partir de 24 de janeiro.
Por um período de cinco anos, apenas a empresa Cricket One, com sede no Vietnã e filiais na Europa, Estados Unidos, Japão e África do Sul, está autorizada a comercializar a farinha no mercado da UE.
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