
No UPA Sul em Joinville pacientes aguardam atendimento no chão
Pacientes reclamam de superlotação e demora no atendimento médico na Unidade de Pronto Atendimento (UPA Sul), no bairro Itaum. Muitos deles aguardavam sentados no chão enquanto esperavam ser chamados. A UPA frequentemente passa por lotação por conta da falta de profissionais. Outra queixa é a falta de medicamentos. Nas imagens compartilhadas por um paciente na última terça-feira (4), é possível ver dezenas de pessoas sentadas no chão.
Dengue
Para complicar o atendimento, que normalmente é demorado pelo déficit de profissionais, Joinville passa por uma epidemia de dengue.
Especialistas alertavam as autoridades desde o ano passado que eram necessárias medidas urgentes para conter o avanço da doença. Apenas há poucos dias a Secretaria de Saúde realizou ações mais firmes para lidar com a epidemia. A abertura da Central de Atendimento da Dengue e mutirões de combate aos focos do mosquito foram as medidas apresentadas pelo poder público municipal nos últimos dias.
Em uma semana de funcionamento da Central, foram atendidas 1.430 pessoas, desse total, 471 tiveram confirmação de diagnóstico de dengue. O serviço, montado na UniSociesc Campus Park, no bairro Boa Vista (Rua Pref. Helmuth Fallgatter, 3333), faz o acolhimento de pacientes com suspeita da doença, que tenham mais de 15 anos, e apresentam sintomas leves e moderados. A Central funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h.
Uma equipe da Secretaria da Saúde faz a classificação dos casos conforme o protocolo do Ministério da Saúde, e o paciente recebe o atendimento e medicação de acordo com as especificidades do caso.
O secretário de Saúde de Joinville Andrei Kolaceke se mostra preocupado com o crescimento no número de casos de pessoas com a doença.
“Existe uma possibilidade grande de agravamento da dengue no município. Ou seja, que nas próximas semanas pode haver um aumento no número de casos. O que reforça ainda mais a necessidade de fazer o controle do vetor da dengue que é o mosquito. Conseguir efetivamente fazer a eliminação dos focos para que seja possível reduzir a transmissão da doença e diminuir a sobrecarga nos serviços de saúde”, detalha Kolaceke.

Comments