Disrupção tudo com Raphael Rocha Lopes
Arma norte-americana empregada na guerra da Ucrânia
“♫ Come you masters of war/ You that build the big guns/ You that build the death planes/ You that build all the bombs/ You that hide behind walls/ You that hide behind desks” (Masters of war, Bob Dylan)
O noticiário internacional das últimas semanas trouxe muitas informações e tantas outras especulações sobre o conflito que se avizinha entre a Rússia e a Ucrânia, com a possibilidade de intervenção da OTAN (leia-se Europa Ocidental e EUA).
Com tantos países dominadores de armas nucleares envolvidos esta é uma situação que realmente demanda atenção e preocupação. Ainda que o argumento do eterno mandachuva da Rússia seja a participação da Ucrânia na OTAN, sabe-se que há muito mais caroço nesse angu, principalmente commodities minerais, além de vias de extrema importância para os dois lados entre os quais a Ucrânia está no meio. E isso ficou ainda mais claro com o discurso de Putin desta última segunda-feira.
A maior insanidade da humanidade
Na minha concepção, não há nada, nada mais insano do que uma guerra. Ler livros ou reportagens, ou assistir a filmes ou documentários sobre as guerras já é o suficiente para se saber que nada de bom sai delas. Mas mentes doentias continuam a mandar seus jovens para as fronteiras da destruição e da morte. Mentes doentias ordenando protegidas pelos seus encastelamentos.
Sim, há guerras ocorrendo em várias partes do mundo, atualmente. Guerras declaradas, guerras civis e guerras obscuras nas quais nem se tem certeza de quem são ou onde estão os inimigos. Apenas o sangue e as lágrimas são certos, e um futuro de pais sem filhos e filhos sem pais. E países, e comunidades destroçados.
A tecnologia da morte
A tecnologia sempre foi utilizada nas guerras. Desde fazer catapultas até construir armas de destruição em massa. Hoje em dia, a tecnologia que envolve a internet colabora tanto na guerra de versões ou boatos, quanto em ataques cibernéticos.
E, por causa da repercussão na internet, neste exemplo mais recente de iminência de guerra, tanto a Rússia quanto o Ocidente estão preocupados com suas imagens em caso de mais derramamento de sangue. Se não fosse isso, tenho convicção que a Ucrânia já estaria invadida.
Para minimizar essa impressão ruim que as guerras deixam, como se fosse um lenitivo às mortes que invariavelmente acontecerão, ‘homens” e “cães” de metais resistentes e inteligência artificial estão sendo desenvolvidos.
Talvez o impacto aos corações distantes dos fronts seja menor, talvez a humanidade se acostume com esse tipo de guerra tecnológica, mas me pergunto o que acontecerá quando esses robôs chegarem às cidades com gente de verdade, de carne, osso e medo...
E, como canta Bob Dylan, “I just want you to know, I can see through your masks”.
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