Governo lançou o "Plano 1000" que promete recursos de acordo com a população de cada município
Com uma produção hollywoodiana, o governo estadual lançou esta semana em Florianópolis o seu “Plano 1000”, algo jamais visto na história administrativa de Santa Catarina. Como o nome já diz, R$ 1 mil de investimento cada habitante do município. E, curiosamente, o plano terá duração de cinco anos. Será um ano neste mandato e o restante no segundo? Pode-se duvidar de sua execução, mas não há dúvida sobre seu objetivo eleitoral. O plano garante recursos de acordo com a população de cada município, desde que seja encaminhado projeto e aprovado pela Casa Civil. Aliás, nesta corrida eleitoral 2022, Moisés está saindo de pangaré nos primeiros dois anos para um puro-sangue nestes últimos dois.
Obras sonhadas
Moisés está forte nos pequenos municípios. Pelo menos um prefeito do PSDB disse publicamente há um mês que quatro anos é “pouco” para o governador. Com este plano então. Outra certeza: se a promessa for cumprida, serão investidos mais de R$ 600 milhões em Joinville nos próximos cinco anos, ou seja, uma média de R$ 120 milhões para cada um, o suficiente para duplicar Ottokar Doerfel, a Almirante Jaceguay, Dona Francisca da rótula do tecelão até a Schulz, construir as três pontes no Rio Cachoeira, ampliar a fiação subterrânea no núcleo central da cidade, construir o Hospital da Mulher no Regional, ampliar o atendimento no Hospital Infantil, pagar a folha do Hospital São José, entre outros. Seria o maior governador da história de Joinville.
Reeleição
Moisés ainda não escolheu sua legenda para concorrer à reeleição. Em qualquer delas estará no segundo turno. Se conseguir o apoio do MDB, pode ganhar (novamente) no primeiro. Aliás, o colunista Marcelo Lula afirmou que uma fonte próxima ao prefeito de Jaraguá do Sul garante que ele, Atílio Lunelli, aceitaria ser vice de Moisés. Não acredito. Assim como Freitag, Udo e Luiz Henrique, Lunelli jamais seria coadjuvante (vice). Só protagonista (candidato).
Duas forças
Com Moisés cada mês mais forte eleitoralmente, graças ao seu governo que está olhando para o interior, a tendência é que muitos pré-candidatos e seus partidos acabem aderindo ao projeto de reeleição. Com a chegada das pesquisas no primeiro semestre de 2020 dando a liderança para o governador, a adesão deverá aumentar. O bolsonarista Jorginho Mello irá se consolidar como o único em condições de derrotar o governador. Quando agosto chegar poderemos visualizar um cenário de bipolarização ao governo do Estado, como tem acontecido.
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