
Congresso iluminado de azul para campanha que visa conscientizar homens a fazer o diagnóstico precoce de câncer de próstata
Como Surgiu o Novembro Azul
Novembro azul é um movimento internacional que surgiu na Austrália, em 2003, com o nome “movember”, que é a junção da palavra moustache (bigode) com a palavra november (novembro).
O movimento foi ganhando força em vários países, inclusive no Brasil. Com o objetivo de sensibilizar e conscientizar a população masculina em relação aos cuidados com a saúde e a importância da realização dos exames de prevenção contra o câncer de próstata.
O mês de novembro foi escolhido pelo movimento “movember”, por causa do dia 17 de novembro que é o Dia Mundial de Combate ao Câncer de Próstata.
Durante o mês de novembro os adeptos a campanha, deixavam seus bigodes crescerem, e só raspavam no ínicio de dezembro, como uma forma de chamar a atenção das pessoas para a saúde masculina.
A cor “Azul” foi escolhida pelo movimento por ser a cor oficial usada como símbolo de combate à doença.
O surgimento do “Novembro Azul” no Brasil
O Novembro Azul chegou ao Brasil em 2008, através do Instituto Lado a Lado pela Vida, que foi a pioneira em abordar assuntos relacionados ao câncer de próstata no Brasil por meio da campanha Um Toque, Um Drible.
A finalidade da campanha era quebrar paradigmas, incentivar e conscientizar a importância da ida do homem ao médico periodicamente.
Após quatro anos, ainda inspirados pelo Movember, o Instituto Lado a Lado pela Vida passou a promover um mês inteiro de mobilizações e campanhas focadas na saúde masculina: Surgindo assim o Novembro Azul.
Em todo o Brasil, prédios e monumentos históricos ganham iluminações na cor azul, também acontecem palestras e ações em locais com grande número de pessoas como estádios, autódromos e estradas com apoio de instituições e famosos.
Tudo como uma forma de conscientizar a população da importância de realizar os exames preventivos uma vez ao ano. Hoje o Novembro Azul é a maior campanha de combate e prevenção ao câncer de próstata do Brasil.
Sobre o Câncer de próstata
De acordo com o INCA (Instituto Nacional de Câncer), o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens. No mundo, é o sexto tipo de câncer mais comum e o segundo mais mortal entre os homens. O INCA estima que em 2018 aparecerão 68.220 novos casos da doença.
É considerado um câncer da terceira idade, já que na maioria dos casos registrados no mundo ocorre a partir dos 65 anos.
Alguns desses tumores podem crescer rapidamente e espalhar-se para outros órgãos podendo levar à morte. Porém a grande maioria cresce de forma lenta, podendo levar cerca de 15 anos para atingir 1 cm², e não chega a dar sinais durante a vida e nem ameaçar a saúde.
Infelizmente o assunto ainda é um tabu entre a população, principalmente a masculina, e o objetivo do Novembro Azul é mudar esses paradigmas, quebrar qualquer tipo de preconceito cultural e incentivar os homens a realizarem o exame preventivo uma vez por ano.
O exame
É recomendo que homens com idade a partir de 50 anos realizem o exame de toque uma vez ao ano. O INCA estima que são mais de 13 mil mortes por ano.
E, para prevenir esse quadro, o tempo é importante, pois quanto antes o câncer for detectado, maiores são as chances de cura.
Já para aqueles que tem fatores de riscos, os exames devem ser feitos a partir dos 45 anos, se o risco for muito alto, é recomendado que seja feito a partir dos 40 anos.
Para que seja possível ter um diagnóstico precoce, os exames de rastreamento PSA e toque retal possibilitam esse diagnóstico.
Porém nem sempre a alteração do nível do PSA pode indicar câncer, as vezes essas alterações acontecem por outros motivos, como: hiperplasia benigna da próstata, prostatite e infecção urinária. Por essa razão o homem deve fazer o exame de toque retal também.
Se por acaso os exames derem algum tipo de alteração, o médico fará uma biópsia que indicará se a alteração é um câncer de próstata ou não.
Existe tratamento?
Sim, nos últimos anos os tratamentos evoluíram muito, inclusive o tratamento do câncer de próstata. Nos dias de hoje existem técnicas avançadas para a cirurgia de retirada do tumor, como a robótica, que permite ter precisão.
Entretanto, a cirurgia pode provocar alguns efeitos colaterais no paciente, como qualquer outro tipo de procedimento invasivo.
Felizmente os ricos são baixos e dependem diretamente de alguns fatores como: Se o paciente já tem um grau de impotência ou de incontinência, da idade do paciente, do tamanho do tumor e do local onde o tumor se encontra.
Também há casos em que a cirurgia de retirada da próstata não é necessária e que o tumor deve ser apenas observado por exames e consultas médicas periódicas. É chamado pelos médicos de vigilância ativa.
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