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Não vou mudar

Luiz Carlos Prates



Essa é a frase mais popular e repetida no mundo, não vou mudar. A pessoa pode não dizê-la da boca para fora, mas diz para si mesma, sem palavras. Nós somos, neste momento, o resultado da nossa primeira infância e de todos os valores que ao longo da vida achamos certos. Para mudar eu tenho que admitir que estou errado. Não vou admitir. É como costumamos agir. Tenho diante dos olhos uma frase milenar, alguns dizem que essa frase foi dita por Hipócrates, o grego tomado como pai da Medicina ocidental. A frase diz que – “Antes de curar uma pessoa, pergunta-lhe se está disposta a desistir das coisas que a fizeram adoecer”. Pergunta intrigando, como desistir “das causas” da minha doença? Pouquíssimos vão entender ou admitir essa frase. Vale dizer que as doenças são produzidas pela pessoa doente? Sim, sempre foram. De um modo ou de outro. O correto seria as pessoas viverem muitos e muitos anos e só morrerem quando a pilha da energia vital se esgotasse, exausta. Terminada a “pilha”, a morte. Essa era para ser a condição natural do ser humano, era, mas... Nossas loucuras geradas pela cabeça nos vão enfraquecendo, num lugar ou outro do corpo, e por aí as doenças montam suas barracas. As pessoas mais atiladas, de cabeça mais arejada admitem, sabem disso. Nada acontece por acaso ou mero azar... Um exemplo banal. Ela é bonita, bem-educada; ele é parecido, bonito, formado, um cara, enfim, que nunca passou por fogo cruzado na vida. Casam. Os dois pombinhos casam, dizem que foi por amor. Vamos admitir que sim, que foi por amor, mais provável que tenha sido um equívoco de amor... Passado um tempinho, separam-se, divórcio. Esse divórcio é uma “doença” na vida social dos separados, mas por que se separaram? A “doença” da separação foi criada por ambos, por manias, condutas ruins no modo de sentir e viver a vida, hábitos danosos, enfim. Dos dois lados. Separam-se. A separação é uma “doença” na vida afetiva. Vale para o nosso corpo, o coitado do corpo é indefeso, mas as estupidezes da nossa cabeça o fazem adoecer. Hipócrates tinha razão. Com a cabeça que temos, sim, que temos, ser saudável e feliz é mais que sorte, é impossível.


Vida

Salvo as heranças genéticas danosas, tudo o mais que nos dana o corpo é de culpa nossa, da nossa cabeça suja no modo de pensar e criar valores. Mas fico pensando... Como reagem ou reagirão os que passam por gravíssimos sufocos na saúde, seus corpos mexidos de modo impensado até então, como serão mentalmente essas pessoas depois da alta hospitalar? A pessoa sabe que está por um fio, será que vai continuar pensando do mesmo modo de antes? Aposto que vai, posto que cheia de medos...


Pecado

Facílimo falar de pecados da boca para fora. Todos os dias surgem histórias de religiosos pulando o muro da decência, vagabundos que inclusive engravidam “devotas”. A sociedade cai de pau sobre o religioso safado, também atiro pedras, mas... E as “beatas” que namoram “religiosos”, não sabem que também estão pecando? Os Hipócrates precisam ser desmascarados e devidamente punidos, chega de falsos “religiosos” e assim de devotos e devotas...




Falta Dizer

Foi segunda-feira, como convidado, estive na Base Aérea da Florianópolis, Dia do Aviador e da Força Aérea. Emoção só. Encontros e reencontros com amigos fardados e civis, um grande abraço no ex-governador Colombo Salles, garbo, disciplina e certeza: com os nossos “soldados” podemos dormir tranquilos, o Brasil está garantido. Ah, o único jornalista presente...

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