JEC goleado e eliminado: mais uma ferida na história

Tome Nota com Enio Alexandre

foto: JEC

O Joinville encerrou sua participação na Série D do Campeonato Brasileiro de forma melancólica. A goleada por 4 a 0 para o Cianorte, no primeiro mata-mata, não foi apenas uma derrota: foi uma humilhação. E, convenhamos, não foi um acidente de percurso. Nas últimas sete partidas, o JEC não venceu nenhuma. E mesmo quando ganhou ao longo da campanha, raramente convenceu.

O técnico Hemerson Maria não pode alegar falta de tempo para treinar. A Série D é disputada apenas nos finais de semana, o que garante dias suficientes para conhecer o elenco e extrair o máximo de cada atleta. Mas esse máximo, infelizmente, parece ter um teto muito baixo.

Agora vem aí a Copa Santa Catarina. E, sinceramente, nada indica que o Joinville terá forças para buscar a vaga na Copa do Brasil. A torcida fez sua parte, a diretoria, com orçamento apertado, fez o que pôde, e os jogadores, dentro de suas limitações, também. Não estamos falando de adversários muito qualificados — a competição é nivelada por baixo. O que diferencia o Joinville é a sua torcida, algo raro na Série D.

Mas 4 a 0 é demais. É um placar que machuca, que vai se tornando rotina. E esse é o maior perigo: a torcida se acostumar a perder. Solução para o JEC? Difícil. Mas, como sempre, a massa vai continuar acreditando — talvez o último patrimônio que o clube ainda não perdeu.