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Foto do escritorRedação

Fraude no Detran

Operação Profusão revela novos detalhes sobre esquema



Na sequência da terceira fase da Operação Profusão, deflagrada em Joinville e São Francisco do Sul, a Polícia Civil trouxe à tona mais informações sobre a investigação em uma coletiva de imprensa realizada nesta terça-feira (6).

Segundo os delegados responsáveis pelas investigações, o esquema de fraude no sistema do Detran não possui uma liderança definida e não opera sob um modelo de pirâmide. De acordo com as autoridades policiais, a ação dos suspeitos é interconectada, com os integrantes do grupo criminoso atuando de forma colaborativa, sem uma figura central de comando identificada.

"Os membros do grupo criminoso agiam de maneira coordenada, cada um contribuindo com o outro. Não há um líder da organização ou algo semelhante que tenhamos identificado até o momento", explica o delegado Pedro Alves.

Além disso, conforme esclarecido pelo delegado, os envolvidos contribuíam com o esquema conforme suas capacidades e informações às quais tinham acesso.

A investigação revelou também que os motoristas beneficiados pelo esquema estavam cientes de sua participação em corrupção ativa. Aproximadamente 100 condutores, residentes em diferentes estados do Brasil, teriam se envolvido no esquema, sendo todos identificados como moradores de Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso.

Até o momento, a Operação Profusão resultou na prisão de oito pessoas, das quais sete estão detidas preventivamente. Entre os detidos, está o vereador Mauricinho Soares (MDB), apontado como um dos principais articuladores do esquema.

Na ação desta terça-feira, duas pessoas foram presas em Joinville e uma em São Francisco do Sul. Destaca-se a prisão de uma agente pública terceirizada do Detran, que teve acesso ao sistema do órgão e cometeu crime de violação de sigilo cadastral.

Além disso, um advogado foi detido durante a operação. "Ele utilizava a estrutura do escritório para cometer os delitos", explica o delegado Pedro Alves. Outra pessoa foi presa sob suspeita de intermediar as atividades dos outros dois detidos.

Até o momento, mais de 30 mandados de busca e apreensão foram cumpridos, resultando na apreensão de aparelhos celulares, computadores e documentos que estão passando por perícia para auxiliar nas investigações.

A Polícia Civil não descarta a realização de novas fases da operação e não estabeleceu um prazo para a conclusão das investigações. Nesta terça-feira, cerca de 20 policiais da DEIC e da DECOR estiveram envolvidos na ação.

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