Tome Nota com Enio Alexandre
Escola Presidente Castello Branco em Joinville aderiu ao Pecim em 2021
O governo federal encerrou o Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares (Pecim) no Brasil. Criado em 2019, o programa permitia a transformação de escolas públicas para o modelo cívico-militar. O formato propunha que educadores civis ficassem responsáveis pela parte pedagógica, enquanto a gestão administrativa passava para militares da reserva. Cerca de 200 escolas aderiram ao programa no país. A julgar pela decepção dos pais e alunos, a decisão foi desastrosa.
Por que, antes de simplesmente encerrar o programa, o Ministério da Educação não fez uma rigorosa avaliação dos alunos que integram essas escolas? Talvez pelo receio de que pudesse encontrar algo muito positivo idealizado pelo governo anterior.
Penso que encerrar um metodo de ensino num país onde a educação nunca foi prioridade é temerário. É preciso testar alternativas e esse modelo, no mínimo, formaria cidadãos mais disciplinados. Quem fez ou faz parte de uma unidade militar sabe do que estou falando.
Educação em alta no Estado
A boa notícia veio do governador Jorginho Mello(PL), que garante a manutenção do programa em Santa Catarina. Segundo o governador, o estado vai manter as escolas cívico-militares, inclusive com repasse de “recursos próprios”.
Esta semana tem sido frutífera na área da educação. A Assembleia Legistativa aprovou a efetivação da principal promessa de campanha do governador Jorginho Mello, o programa de universidade gratuita que pretende ofertar mais de 80 mil bolsas de estudo em faculdades comunitárias. No futuro esse foco na educação vai trazer ótimos resultados para o estado. Todos os povos que investiram na área colheram resultados significativos. Não será diferente aqui.
Ainda os radares de Joinville
foto: Bruno Weinrich
Radar, é para arrecadar? Para multar? Ou para educar? Essa é uma questão que precisa ser examinada. Quando a Câmara de Vereadores aprovou a lei que proíbe a plicação de multas com dispositivos eletrônicos sem display, isso foi feito pensando na população. No entanto, a prefeitura alegou de forma frágil que a licitação foi realizada antes da aprovação da lei, mesmo havendo várias alterações posteriores no documento.
Ainda que a prefeitura esteja certa, afinal, queremos multar ou faturar com multas aplicadas por radares escondidos atrás de postes ou árvores? A prefeitura deveria ter se esforçado para aplicar o que diz a lei. Seria muito democrático cumprir o que foi estabelecido legitimamente pelos vereadores eleitos pelo povo. A atual gestão deveria sugerir naquelas alterações promovidas em fevereiro que a novas regras fossem incluídas.
É sempre importante lembrar que a utilização de radares tem o objetivo de garantir a segurança no trânsito e reduzir a ocorrência de acidentes. Seu propósito principal é educar os motoristas, alertando sobre os limites de velocidade e incentivando o cumprimento das leis de trânsito. No entanto, quando há uma percepção de que os radares estão sendo usados principalmente para arrecadação de receitas, em vez de promover a segurança viária, isso gera questionamentos legítimos por parte da população e de seus representantes, os vereadores.
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