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Direto do Túnel do Tempo

Barracos, memes e tretas históricas da política joinvilense

Opinião, informação e política com Milena Tomelin


Hoje a gente relembra momentos que mais pareceram capítulos perdidos de um reality show: The Real Vereadores de Joinville. Confusão? Temos. Acusações? Muitas. Pulos acrobáticos? Também. A ideia aqui não é julgar ninguém — só lembrar, com um pouco de riso e vergonha alheia, que a política local sempre foi um espetáculo à parte.


Briga com direito a escalada – Maurício Peixer em modo parkour


Ano: 2013. Local: Câmara de Vereadores. Cena digna de videocassetada: o então vereador Maurício Peixer discutiu com Mario Cezar da Silveira, representante do Conselho da Pessoa com Deficiência. A coisa esquentou tanto que Peixer, num momento surto ninja, escalou a divisória de madeira que separa o plenário da plateia, pronto para o clímax físico.

Segundo o portal ND+, a turma do “deixa disso” entrou em ação antes que rolassem sopapos. O barraco virou piada nas redes, claro. A foto de Peixer, em pé sobre a mureta, viralizou como se fosse um novo meme fitness político: “treine com a raiva do plenário”.


Paciência, arapuca e o tutorial da vergonha alheia – Ninfo Köning vs. Cláudio Aragão


Em 2019, o circo montado foi uma sessão ordinária (bem ordinária mesmo) onde o vereador Ninfo Köning pediu respeito à fala. Mas o colega Cláudio Aragão acusou: “Feio é jogar paciência no celular durante a sessão!” – uma denúncia que, se fosse crime, renderia cadeia para meio Congresso.

A defesa? Ninfo jurou que não era joguinho, era pesquisa séria sobre como construir uma arapuca para pegar ratos. Isso mesmo: rato. O bicho. Arapuca. No meio da sessão.

A cereja do bolo foi o xingamento: “medíocre!”, gritado com toda pompa e circunstância. O vídeo, claro, está disponível na internet para quem quiser relembrar a aula de zoologia legislativa.

O vídeo da confusão e lavação de roupa suja está disponível no canal da Jovem Pan através do seguinte link: https://www.youtube.com/watch?v=H2Jq-HUSQfQ


Sessão online, bate-boca offline – Odir Nunes em fúria virtual


Em tempos de pandemia, até os barracos se modernizaram. Numa sessão remota, o vereador Odir Nunes comentou um protesto pela conclusão das obras do Rio Mathias.

Odir disse: “Se fosse eu no lugar do empresário, eu ia atrás do Prefeito, e no evento que ele tava, dava uma camaçada de pau no Prefeito, o Prefeito deve apanhar, deve apanhar”.

O Vereador Richard Harisson assumiu a palavra falando que as falas do vereador incitavam o ódio.


Cena policial:

João Carlos Gonçalves e a Operação BlackmailO script agora muda de novela mexicana para série policial. Em 2016, o então vereador João Carlos Gonçalves foi preso na Operação Blackmail, do Gaeco, acusado de envolvimento com corrupção na Secretaria do Meio Ambiente.

Ficou 15 dias preso, cabeça raspada, e a cidade inteira comentando. Em 2021, a condenação foi mantida: 6 anos, 9 meses e 20 dias no semiaberto. Moral da história? Nem todo vereador consegue sair bem no filme da própria carreira.


Licença-relâmpago e decoro em debate – Maycon Cesar


Em 2015, Maycon Cesar enfrentou uma Comissão Processante por quebra de decoro. Acusação: compra de votos. Só que o episódio havia ocorrido antes de ele ser vereador. Resultado: a comissão caiu por liminar. Ufa.

Mas em 2018, novo capítulo: ele assume o cargo por UM DIA, só para pedir licença médica no dia seguinte, liberando espaço para outro suplente. O presidente Fernando Krelling ficou P da vida e decidiu não pagar os 15 dias de atestado. Legal? Sim. Imoral? Segundo Krelling, muito. O Conselho de Ética arquivou, mas deixou um “recado moral” do tipo: faz isso não, coleguinha.


Disputa Acalorada Maurício Peixer e Maycon Cesar

De acordo com o portal NDMais, em matéria de Luiz Veríssimo datada em 07/11/2015: “Os vereadores Maurício Peixer e Maycon César, ambos do PSDB, quase se agrediram fisicamente na reunião desta sexta-feira (6) da bancada com a executiva do partido. “

Na ala PSDBista da discórdia, em 2015, Maurício Peixer e Maycon César quase se engalfinharam em uma reunião da bancada. Motivo: Peixer acusou Maycon (e sua esposa) de terem feito um vídeo difamatório contra ele. O clima esquentou, teve dedo na cara, gritaria, e só não teve soco porque a turma do “calma, gente” atuou como linha de frente.

Foi uma verdadeira convenção de egos inflados, com direito a “não me representa”, “eu não te suporto” e outros jargões que fariam qualquer novelista da Globo corar de inveja.



As cenas se repetem com novos personagens, novos figurinos e velhos roteiros. O que essa viagem no tempo mostra é que, na política joinvilense, o teatrinho nunca fecha a cortina. Só muda de palco.

Enquanto isso, seguimos assistindo – entre indignados, chocados e entretidos – esperando o próximo episódio dessa eterna série chamada Câmara em Chamas.

Todas as informações mencionadas neste artigo, foram retiradas de matérias jornalísticas amplamente divulgadas na imprensa.

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