Luiz Carlos Prates
Nem vou perguntar à leitora o que lhe é mais importante, se os dedos ou os anéis. Seria uma pergunta tola, afinal, há um velho ditado que nos é passado ao nascer, a mim foi dito quando me levaram, num ato de falta de respeito, à pia batismal. Não me consultaram para isso. Mas ao mesmo tempo em que me desrespeitaram, levando-me à tal pia, disseram-me aos ouvidinhos que – que se vão os anéis mas fiquem os dedos. Sim, é verdade, mais importante que os anéis são os dedos. Linguagem simbólica, mas incontestável, posto que haja muita gente que faz o contrário, pessoas que são capazes de dar os dedos para ficar com os anéis da falsa fama, das mentiras para que sejam vistas como pessoas de importância. A importância está nos dedos e nunca nos “anéis” da vida. Nossa família, por exemplo, deve ser o anel da nossa vida. E é? Infelizmente, para a maioria não, não é. Infelizmente. Bravatas de todo tipo, invejas, frustrações, desaforos, bah, de tudo um pouco. E isso dentro de casa, vida em família. Vale para o trabalho, vale para tudo. Quando perdemos um “anel” não perdemos os dedos, esse “anel” simbólico pode ser substituído, tudo pode ser substituído na vida, tudo, depende de nós, dos nossos valores, apegos e estultícias. O anel pulou a cerca? Que se dane esse anel, meus dedos ficaram, é o que importa. Uma demissão, um divórcio, uma perda financeira, o que for, tudo é nada perto dos “dedos”, dos dedos da saúde, da liberdade, da altivez da mente para não se deixar abater. E do que adiantam os abatimentos? De uma feita, faz anos, eu estava chateado com as minhas circunstâncias profissionais e, por extensão, existenciais, emocionais. Estava pra baixo mesmo, crista lá no chão. Parei, pensei e decidi: vou dar tchau ao que me aborrece. Fiz os cálculos, desenhei uma proposta de trabalho e mandei para uma empresa de Santa Catarina. A proposta foi aceita na hora. Fechei as malas, entrei um fusquinha velho e me mandei para Criciúma. Acredite, leitora, foi a melhor decisão que tomei na vida. Mudou a minha vida, mudou para infinitamente melhor. Deixei em Porto Alegre os “anéis” e vim com os meus dedos. Acertei em cheio.
Altura
Perdi o nome dela, tentei recuperar, mas não o reencontrei no site... É secundário. Importa o que ela disse. A mulher é jovem, americana e tem 1,90 de altura. Sabes o que ela disse, leitora? Ela disse assim: - “Namorar com a minha altura é quase impossível”! E sabes por quê? Respondo por ela, é porque os babacas querem sempre mulheres mais baixas, eles ficam com o “poder”. O poder de se sentir “maiores”, maiores só na altura...
Famílias
Há amor nas famílias? Há, mas há mais ainda quando os filhos são crescidos e há uma herançazinha pelo caminho. A herança costuma revelar o caráter dos “filhinhos”. O melhor é não haver herança. Não havendo, os filhos vão revelar o caráter abertamente diante dos pais, ou amá-los, ficar por perto, ajudá-los, ou cair fora, que é o mais comum. Fique claro, todavia, ordinários não devem herdar nada. Dá pra dar um jeito nisso, dá... Safados.
Falta Dizer
Quando você for pagar uma conta e a maquininha do cartão não funcionar e alguém lhe trouxer ou oferecer uma outra maquininha não aceite. Costuma ser falsa essa segunda maquininha, mais que comprovado em São Paulo e por aqui. São os tempos. Desconfiar é o grande negócio. Vale para casamentos...
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