Vereador de Joinville poderá ter o mandato cassado
foto: CVJ
Na tarde de segunda-feira (11), a Câmara de Vereadores de Joinville deliberou unanimemente pela formação de uma comissão processante visando a potencial cassação do mandato do vereador Mauricinho Soares (MDB). Com 16 votos favoráveis, a decisão foi tomada em decorrência da prisão preventiva de Soares na última sexta-feira (8) pela Operação Profusão.
O vereador é acusado pela Polícia Civil de ser um dos principais responsáveis por um esquema de fraude no sistema do Detran, facilitando a liberação de CNHs suspensas por excesso de pontos. Além disso, sua prisão em flagrante em novembro, quando foi encontrada uma arma de fogo sem registro em sua residência durante uma operação policial, também foi levada em consideração.
Diego Machado (PSDB), proponente da denúncia, e Érico Vinícius (NOVO), responsável pela presidência da sessão durante a discussão da proposta, abstiveram-se de votar. A comissão processante será composta pelos vereadores Cassiano Ucker (União), como presidente, Cleiton Profeta (PL), como relator, e Kiko do Restaurante (PSD), como membro, selecionados por sorteio durante a sessão.
A medida adotada pela Câmara de Vereadores vai além da investigação anterior conduzida pelo Conselho de Ética, solicitada por Diego Machado na semana anterior, que se baseava apenas na prisão relacionada à posse ilegal de arma de fogo.
O presidente da Câmara justificou o novo pedido de comissão processante com base na prisão preventiva de Mauricinho Soares e nas informações fornecidas pela Polícia Civil em uma coletiva de imprensa realizada na segunda-feira. Ele alega que "a prisão de um parlamentar é incompatível com o decoro parlamentar, expondo todos os demais vereadores".
A comissão processante tem o objetivo de analisar as acusações e tomar as medidas necessárias em relação ao mandato do vereador acusado, demonstrando o compromisso da Câmara com a integridade e a ética no exercício do poder legislativo local.
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