Ex-presidente defende anistia a condenados pelos atos de 8 de janeiro

foto: PL
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta quinta-feira (20) que não se preocupa com a possibilidade de ser preso. Durante um evento do Partido Liberal, Bolsonaro reagiu à denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), que o incluiu entre os investigados por um suposto plano golpista. “O tempo todo isso de ‘vamos prender Bolsonaro’. Eu caguei para prisão”, declarou.
A manifestação ocorre dois dias após a PGR denunciar 34 pessoas, incluindo o ex-mandatário, por participação na trama. Bolsonaro voltou a se defender, alegando que não há provas concretas contra ele e que está "com a consciência tranquila". Segundo ele, "quem dá golpe é quem ganha", em referência ao resultado das eleições de 2022.
No evento, o ex-presidente voltou a insistir na aprovação de um projeto de lei que prevê anistia para os condenados pelos atos criminosos do dia 8 de janeiro de 2023. Bolsonaro ironizou as acusações de que teria envolvimento nos ataques às sedes dos três poderes. “Eu estava lá [nos Estados Unidos] com o Pato Donald e o Mickey e tentei dar o golpe de 8 de janeiro aqui?”, questionou.
Na última terça-feira (18), Bolsonaro se reuniu com parlamentares da oposição para pedir apoio ao projeto de anistia, de autoria do deputado Major Vitor Hugo (PL-GO). A proposta, que está parada em uma comissão especial da Câmara, pretende perdoar todos os envolvidos nos atos de 8 de janeiro, incluindo aqueles que prestaram apoio logístico ou publicaram mensagens favoráveis nas redes sociais.
A medida, no entanto, enfrenta forte resistência. Aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva consideram impossível que o projeto seja sancionado, caso aprovado no Congresso. Além disso, o Supremo Tribunal Federal (STF) já se manifestou contra a proposta, apontando sua inconstitucionalidade.

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