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Apostar em si mesmo

Luiz Carlos Prates


As igrejas que vejo na televisão estão sempre cheias. Maioria mulheres idosas. Homens em bem menor quantidade. Todos vão às igrejas e delas saem dizendo-se pessoas de fé. Duvido. Quem tem fé não precisa sair de casa. A fé precisa estar vinculada ao caráter e a uma certeza muito pessoal. Quem já não ouviu dizer que o santo não ajuda a quem não se ajuda? Desse aforismo tiramos outro: não existe milagre senão o milagre pessoal, isto é, da pessoa crendo nela mesma. Já provoquei aqui inúmeros “religiosos”. Propus-lhes, fiquem sentados em casa rezando o dia todo, rezem pela graça esperada ou pelo milagre desejado. Não vão ser atendidos. O santo só nos ajuda, e aí teremos os milagres, quando pedimos ou rezamos assentados sobre nossas possiblidades, a fé em nós mesmos. E a fé em nós mesmos nos empurra para os trilhos das realizações. A velha história do “reza, mas corre”, quando um leão vem atrás de nós. Só rezar, por mais fé que tenhamos num deus, de nada nos vai ajudar. É preciso ser mais rápido que o leão. Nesse caso, sim, nossas orações vão produzir o milagre de nos colocar asas nos pés para corrermos mais que o leão. Vale para tudo na vida. De crentes da boca para fora as igrejas andam lotadas, e assim dos “pregadores” que fazem uso da palavra em nome delas... Nosso caráter, nossa fé em nós mesmos, basta, de nada mais precisamos. Com fé em nós mesmos e com a retidão ditada por um bom caráter vamos atravessar a ponte das dificuldades na vida. Se existisse céu, o céu religioso, a maior das invenções humanas, o bom samaritano já estaria por lá há muito tempo. O bom samaritano, uma formidável invenção, creu nele mesmo, ajudou a quem precisava e seguiu em frente, não parou para rezar. Uma ação correta, o bom samaritano sabia, é a maior das orações e a porta para os milagres na vida. Fora disso é enganação... O sujeito está com a corda no pescoço, não se cuidou, aviltou-se, entrou num túnel apertado e só aí se lembra de rezar? Inútil, os milagres estão na fé e na cartilha da Educação Moral e Cívica. Pronto, aí todos os santos nos vão ajudar. O mais é bússola sem ponteiro...


Números

Idiotas aqui no Brasil quiseram imitar os fardamentos dos jogadores de rugby dos Estados Unidos e adotaram numerações estúpidas nas camisetas. Tem cabimento um zagueiro com camisa de número 32? Um meio-campista com camisa 21 ou um atacante com camiseta de número 89? Vão imitar as livrarias da Suécia, idiotas dos clubes brasileiros. Engraçado, o número 24 não existe. Observe. Mas o jogo do bicho eles conhecem bem. Bestalhões!


Safadezas

Tem cabimento uma ministra viajar em avião oficial, todas, todíssimas, as mordomias para assistir a um jogo de futebol sob o argumento de verificar se há discriminações deste ou daquele tipo sobre pessoas nas arquibancadas? E pior ainda, uma assessora postando desaforos contra a torcida adversária, dizendo barbaridades que a revelaram, palavrões de motel... E essa gentalha está no poleiro. De fato, este Brasil está precisando de uma reforma, “daquelas”... Não brinquem. Não duvidem...



Falta Dizer

O Brasil precisa, urgentemente, de mais médicas cardiologistas e ginecologistas. Chega de “homem” apitar e decidir sobre questões tipicamente femininas. Desde quando um “homem” sabe de menstruação, TPM, cólicas menstruais, essas coisas, desde quando? E as cardiologistas? “Eles” mandam na Medicina. Entram e atuam em áreas médicas quem eles permitem setorialmente? Xiti, xiti!

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