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Ana Maria Braga é picada por escorpião

Foto do escritor: RedaçãoRedação

Ana Maria Braga tranquiliza fãs após picada de escorpião em sua fazenda

reprodução Instagram


A apresentadora Ana Maria Braga usou suas redes sociais neste domingo (2) para acalmar os fãs após ter sido picada por um escorpião em sua fazenda, localizada em Bofete, na região de Botucatu, interior de São Paulo.


Ana Maria foi atendida no Pronto-Socorro do Hospital das Clínicas da Unesp, onde recebeu os cuidados necessários e teve alta pouco depois. Em um vídeo publicado nas redes sociais, a apresentadora fez questão de agradecer o carinho dos fãs e ainda brincou com a situação:


"Levar uma picada de escorpião é igual boleto no fim do mês: aparece do nada e dói no coração!"


Ela também alertou sobre os riscos do contato com esses animais e reforçou que está bem.


A presença de Ana Maria na fazenda não é novidade para seus seguidores. Em janeiro de 2025, ela compartilhou detalhes do local, incluindo a horta que mantém na propriedade, onde cultiva legumes e hortaliças.


Felizmente, o incidente não teve maiores complicações, e a apresentadora já se recupera em casa.



O que fazer após uma picada de escorpião?


A gravidade da picada de escorpião depende da espécie e da quantidade de veneno injetada. As infestações por esse animal peçonhento estão se tornando cada vez mais frequentes nas cidades. O soro antiescorpiônico está disponível apenas nos hospitais de referência do SUS.

O número de casos de picada de escorpião está crescendo no Brasil a cada ano. No último balanço divulgado pelo Ministério da Saúde em 2021, foram registrados mais de 154 mil acidentes desse tipo. Quanto aos óbitos, o dado mais recente disponível é de 2017, quando foram confirmadas 88 vítimas fatais.


Como ocorre a picada de escorpião?


A picada ocorre quando a pessoa entra em contato acidental com o animal, que se sente ameaçado – escorpiões não atacam, apenas se defendem. A picada é dolorosa e pode ser acompanhada por outros sintomas.

As infestações tornaram-se mais frequentes devido à expansão das áreas urbanas, ao desmatamento e ao aumento da produção de lixo sem o devido descarte adequado.


Como Tratar


O soro antiescorpiônico, desenvolvido para tratar envenenamentos causados por picadas de escorpiões, é disponibilizado exclusivamente nos hospitais de referência do Sistema Único de Saúde (SUS). Exemplos desses hospitais incluem o Instituto de Pesquisa Clínica Evandro Chagas (Ipec) da Fiocruz, localizado no Rio de Janeiro, e o Hospital Vital Brazil (HVB), situado no Instituto Butantan, em São Paulo. Na maioria dos casos, não há necessidade de utilizar o antiveneno, mas a recomendação é sempre procurar um serviço médico.


O que ocorre quando uma pessoa é picada


A grande maioria dos acidentes com escorpião não apresenta gravidade significativa. Os acidentados geralmente experimentam dor imediata, vermelhidão e inchaço devido ao acúmulo de líquido, piloereção (pelos em pé) e sudorese (suor), que desaparecem rapidamente. Em crianças pequenas, os sintomas podem ser mais intensos e as consequências mais graves.

Os casos leves, que não requerem a aplicação do soro antiveneno, representam cerca de 87% do total de acidentes, de acordo com informações do Ministério da Saúde.

É importante destacar que todos os escorpiões são venenosos. Os riscos associados aos acidentes aumentam conforme a quantidade de veneno injetada e a nocividade do veneno de cada espécie para o corpo humano.


O que fazer


Em caso de picada por escorpião, a recomendação é procurar imediatamente o hospital de referência mais próximo. Se possível, levar o animal ou uma foto para identificação da espécie. Limpar o local da picada com água e sabão pode ajudar, desde que não atrase a ida ao serviço de saúde.

O profissional de saúde avaliará a necessidade de utilizar o soro antiveneno, que será indicado para casos moderados ou graves.

É importante observar que nem todo hospital ou unidade de saúde possui soro para acidentes com animais peçonhentos. Portanto, é necessário verificar qual é o serviço do Sistema Único de Saúde (SUS) referência para esse tipo de acidente em sua região. Essa informação está disponível no site do Ministério da Saúde. As unidades de saúde locais também podem fornecer essa informação.


Informações importantes


  • São animais peçonhentos da mesma família das aranhas;

  • Abrigam-se em esgotos e entulhos e costumam sair à noite para comer. Alimentam-se principalmente de baratas;

  • Nas cidades, encontram muita comida e não enfrentam predadores naturais, por isso estão se proliferando; 

  • Os inimigos naturais dos escorpiões são lagartos, sapos e aves noturnas, como a coruja. A galinha também caça e come escorpiões, mas ela tem hábitos diurnos, o que a torna menos eficiente; 

  • Não foi comprovada a eficiência de pesticidas para exterminar escorpiões. 



Brasil, há quatro espécies principais


  • Escorpião-amarelo, encontrado em todas as regiões, é o mais venenoso;

  • Escorpião-marrom, encontrado na Bahia e em alguns locais do Centro-Oeste, Sudeste e Sul; 

  • Escorpião-amarelo-do-nordeste, mais comum no Nordeste, com registros em São Paulo, no Paraná e em Santa Catarina; 

  • Escorpião-preto-da-amazônia, da Região Norte e de Mato Grosso.



Com alguns cuidados, você previna acidentes em cidades onde há escorpiões:


  • Use telas em ralos de chão, pias e tanques;

  • Vede as frestas nas paredes e debaixo de portas;

  • Afaste camas e berços das paredes;

  • Mantenha jardins e quintais livres de entulhos, folhas secas e lixo; 

  • Empacote o lixo em sacos plásticos bem fechados para evitar baratas;

  • Não coloque a mão em buracos, embaixo de pedras ou em troncos apodrecidos;

  • Use luvas e botas durante atividades que representem risco.


Revisão técnica: Sabrina Bernardez Pereira, médica da Economia da Saúde do Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE)

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