Casal estava foragido e prisão aconteceu próxima de escola em Joinville

foto: Mídias Sociais
Renato e Aline Openkoski, pais do menino Jonatas, que tinha Atrofia Muscular Espinhal (AME), foram presos nesta quarta-feira (22) em Joinville, no Norte de Santa Catarina, confirmou a Polícia Civil.
Eles foram condenados pela Justiça por estelionato e apropriação de bens, após usarem parte dos cerca de R$ 3 milhões arrecadados na campanha AME Jonatas para outros fins, como carro, academia, skate e roupas. O advogado Emanuel Stopassola, que defende os pais, afirmou que “serão defendidos o devido processo legal, o contraditório, a ampla defesa e todos os meios de prova e recursos inerentes”. O menino Jonatas morreu em janeiro de 2021, aos 5 anos de idade. Os pais eram considerados foragidos.
Prisão
O delegado Rodrigo Maciel informou que a Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso (DPCami) foi acionada para a prisão há dois meses. Nesse período, encerrou-se o prazo de recursos para a defesa dos pais de Jonatas.
Desde então, os policiais realizaram trabalhos de inteligência e campo, além de campanas. A investigação descobriu que o casal fugiu de Balneário Camboriú, no Litoral Norte de Santa Catarina, onde morava.
Nesta quarta-feira, os dois foram encontrados escondidos em um imóvel no Morro do Meio, em Joinville, cidade onde foi lançada a campanha AME Jonatas, em 2017.
Relembre o caso
Em janeiro de 2018, a DPCami de Joinville começou a investigar a campanha AME Jonatas por suspeita de apropriação indébita, a pedido do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC).
O MPSC suspeitava que os pais estavam usando o dinheiro arrecadado na campanha para adquirir luxos.
A Justiça bloqueou os valores arrecadados com a campanha, cerca de R$ 3 milhões, e um veículo de R$ 140 mil que estava em nome dos pais da criança. A família morava em Joinville.
Em março de 2018, a DPCami de Joinville cumpriu um mandado de busca e apreensão na casa dos pais. Foram apreendidos diversos produtos e roupas de marcas famosas, além de um veículo de luxo.
Ainda em 2018, a Polícia Civil indiciou os pais de Jonatas por estelionato e apropriação indébita.
Em outubro de 2022, os pais foram condenados pela Justiça catarinense por estelionato e apropriação de bens.
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