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Álcool e direção: uma mistura perigosa

Três pessoas da mesma família morreram neste acidente em Araquari


Embora seja uma situação de extremo risco, são frequentes os casos de embriaguez ao volante. Na semana passada um motorista embriagado provocou um acidente em Araquari que culminou na morte de três pessoas de uma mesma família. No domingo (19/12), em Rio Negrinho, outro motorista bêbado invadiu a pista contrária atingindo um veículo e resultou na morte de uma criança de 5 anos.

Há alguns dias em Joinville um acidente na avenida Santos Dumont feriu oito pessoas. A colisão entre os dois veículos foi provocada pelo condutor de um deles que dirigia sob o efeito do álcool. Casos assim são frequentes e se contam aos milhares em todo o Brasil.

Normalmente, as pessoas acham que conhecem seu ponto de tolerância ao álcool e que podem beber sem colocar em risco a segurança no trânsito, mas estudos científicos apontam que não há uma quantidade de álcool que possa ser ingerida e considerada segura para se dirigir. Muitos fatores influenciam na absorção e na eliminação do álcool do organismo e mesmo pequenas quantidades são suficientes para comprometer a capacidade de condução.

Cabe lembrar que, de acordo com o Código de Trânsito Brasileiro – CTB, dirigir sob a influência de álcool, independente da concentração, ou recusar-se a fazer o teste do bafômetro, é uma infração gravíssima, com pena de multa de R$ 2.934,70 suspensão do direito de dirigir por um ano, recolhimento da CNH e retenção do veículo.

Além de infração de trânsito, dirigir sob a influência de álcool é crime, sujeito a pena de detenção, de seis meses a três anos, multa e suspensão ou proibição de se obter CNH.



Colisão em Joinville feriu oito pessoas


Efeitos do álcool no organismo


Após o consumo de bebidas alcoólicas, o organismo absorve o álcool, que é então levado para a corrente sanguínea, chegando ao cérebro e comprometendo a capacidade de dirigir. Isso acontece porque a ingestão de álcool tem consequências sobre:


Confiança: A bebida alcoólica pode deixar as pessoas mais confiantes, eufóricas e desinibidas. No trânsito, esse excesso de confiança pode levar o condutor a subestimar o limite de velocidade e a sinalização, e a realizar manobras perigosas.


Atenção: As vias são ambientes repletos de informação e em constante mudança, com a circulação de pedestres e outros veículos, edifícios, sinalização, árvores, animais, intempéries, etc. Logo, é fundamental estar atento a qualquer situação de risco. O álcool, contudo, diminui a atenção, prejudica a percepção e a memória, causa desorientação e confusão mental, o que compromete a direção segura.


Visão: Sob o efeito do álcool, reduz-se a visão periférica, que nada mais é do que a capacidade de perceber aquilo que está em volta do seu foco principal. Isso pode fazer com que você, ao olhar para a pista, não enxergue um pedestre prestes a atravessar a via. Também se diminui a acuidade visual, ou seja, a capacidade de diferenciar detalhes, contorno e forma, dificultando, por exemplo a visualização das placas de trânsito. Além disso, fica comprometida a noção de distâncias.


Decisão: Depois de perceber uma situação de perigo, o condutor deve ser capaz de analisá-la e de decidir que ação realizar. Porém, sob efeito do álcool, a capacidade de julgamento e crítica é prejudicada, e o condutor tem dificuldade em decidir como agir, ainda mais em poucos segundos, como requer uma situação de risco no trânsito.


Ação: O álcool prejudica o equilíbrio, a coordenação motora e os reflexos, e deixa o condutor apático e lento. Em uma situação de perigo à frente, o condutor não terá condições de agir para evitar um acidente.


Fonte: DNIT

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